Fonte: Osho, The Beloved, vol. 1 Discurso 4.
Sempre quando você está fazendo alguma coisa com o coração dividido, isso se prolonga.
Se você está sentado na sua mesa comendo, e se você come somente com parte do coração sua fome permanece, desse modo você irá continuar a pensar sobre comida pelo resto do dia. Se você jejuar, você verá, irá pensar continuamente em comida.
Comer bem não quer dizer somente que você encheu seu estômago. Comer bem é uma arte. Não é somente encher. É uma grande arte: saborear a comida, cheirar a comida, tocar na comida, mastigar a comida, digerir a comida, e digeri-la como se divina. Ela é divina; é um presente do divino.
Os Hindus dizem que comida é divina. Assim, você come com grande respeito, e enquanto come você se esquece de tudo, porque isso é uma oração. É uma oração existencial. Você está comendo o divino e o divino lhe dará nutrição. É um presente a ser aceito com um profundo amor e gratidão.
E você não enche o corpo, porque encher o corpo é ser anticorpo. É o outro polo. Existem pessoas que estão obcecadas com o jejum e existem pessoas que estão obcecadas para se encher de comida. Ambas estão erradas por que de ambas as maneiras o corpo perde o equilíbrio.
Um amante do corpo verdadeiro come somente até o ponto onde o corpo se sente perfeitamente quieto, equilibrado, tranquilo; onde o corpo não se sente inclinado nem para a direita nem para a esquerda, mas bem no meio.
É uma arte compreender a linguagem do corpo, entender a linguagem de seu estômago, entender o que é necessário, dar somente o que é necessário, e fazer isso de uma maneira artística, de uma maneira estética.
Os animais comem, o homem come. Então qual é a diferença? O homem faz uma grande experiência estética no comer. Qual o sentido de ter uma bela mesa de jantar? Qual é o sentido de ter velas acesas lá? Qual é o sentido do incenso? Qual o sentido de pedir aos amigos para vir e participar? É para fazer disso uma arte, não somente encher o estômago.
Mas esses são sinais externos da arte; os sinais internos são compreender a linguagem de seu corpo: escutá-lo, ser sensível para com as necessidades dele. E assim você come, e então, por todo o dia, você não se lembrará de comida de jeito nenhum. Apenas quando o corpo estiver novamente faminto a lembrança voltará. Assim é natural.
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